O Agro é o Fim do Mundo
from Terra do Fogo by Antropoceno
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Release Details:
Contains BOTH antropoceno EP's, Sincretismo (Side A) and Terra do Fogo (Side B).
Release details:
- Professionally duplicated cassettes with sticker labels
- Reversible high gloss J-card with both album covers for display purposes
- 44 minutes of the most cutting edge music from the Brazilian music scene
- Limited to 50 copies
- Made in USA
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lyrics
o agro é o fim do mundo
e o fim do mundo é agro
o apocalipse que não chega desavisado
mas coordenado aos passos de seu general
marechal vampiro, genocida ou neoliberal
que há quinhentos anos transmuta essa terra
no barro de fogo, desabamento industrial
o sangue que o ouro lavou na serra
inunda a floresta em pedra sabão
me afoga na lama, consome meu pulmão
seu trabalho é sanguinário como sempre
a privatização é um crime ambiental
a barragem que rompe, a terra arrasada
a tosse que mata, o fogo não para
(e os séculos da brasa que se fez nação)
o ar está defumado, engole o particulado
a assinatura do agro, consome o queimado
(convergem numa nuvem de fuligem tóxica)
sem reforma agrária não haverá brasil
e não haverá brasil sem demarcação das terras originárias
o crescimento infinito coíbe a vida na terra
o agro é câncer!
o agro é fogo
e não haverá brasil sem reforma agrária
por esses corredores de fumaça
vem um mundo mais quente, mais seco e com mais vento
são incêndios de grileiro e desmatamento
para o controle da colheita, o agro é fogo
e o fim do mundo é o garimpo
agora só um esforço total nos trará uma solução
um debate com a urgência geológica de uma grande extinção
caminhar em direção ao socialismo eco
por algum futuro possível para a vida na terra
-------------------------------
the agribusiness is the end of the world
and the end of the world is the agribusiness
the apocalypse that does not arrive unaware
but coordinated with the steps of its general
vampire marshal, genocidal or neoliberal
who for five hundred years has been transforming this land
into clay of fire, industrial collapse
the blood that gold washed in the mountains
floods the forest into soapstone
drowns me in mud, consumes my lungs
your work is bloodthirsty as always
privatization is an environmental crime
the dam that breaks, the land is scorched
the cough that kills, the fire does not stop
(and the centuries of the ember that became a nation)
the air is smoky, swallows the particulate
the signature of agriculture, consumes the burned
(converging in a cloud of toxic soot)
without agrarian reform there will be no Brazil
and there will be no Brazil without demarcation of indigenous lands
infinite growth inhibits life in land
the agribusiness is cancer!
the agribusiness is fire
and there will be no Brazil without agrarian reform
through these corridors of smoke
comes a hotter, drier and windier world
there are land grabbers' fires and deforestation
to control the harvest, agriculture is fire
and the end of the world is mining
now only a total effort will bring us a solution
a debate with the geological urgency of a great extinction
moving towards eco-socialism
for some possible future for life on earth
e o fim do mundo é agro
o apocalipse que não chega desavisado
mas coordenado aos passos de seu general
marechal vampiro, genocida ou neoliberal
que há quinhentos anos transmuta essa terra
no barro de fogo, desabamento industrial
o sangue que o ouro lavou na serra
inunda a floresta em pedra sabão
me afoga na lama, consome meu pulmão
seu trabalho é sanguinário como sempre
a privatização é um crime ambiental
a barragem que rompe, a terra arrasada
a tosse que mata, o fogo não para
(e os séculos da brasa que se fez nação)
o ar está defumado, engole o particulado
a assinatura do agro, consome o queimado
(convergem numa nuvem de fuligem tóxica)
sem reforma agrária não haverá brasil
e não haverá brasil sem demarcação das terras originárias
o crescimento infinito coíbe a vida na terra
o agro é câncer!
o agro é fogo
e não haverá brasil sem reforma agrária
por esses corredores de fumaça
vem um mundo mais quente, mais seco e com mais vento
são incêndios de grileiro e desmatamento
para o controle da colheita, o agro é fogo
e o fim do mundo é o garimpo
agora só um esforço total nos trará uma solução
um debate com a urgência geológica de uma grande extinção
caminhar em direção ao socialismo eco
por algum futuro possível para a vida na terra
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the agribusiness is the end of the world
and the end of the world is the agribusiness
the apocalypse that does not arrive unaware
but coordinated with the steps of its general
vampire marshal, genocidal or neoliberal
who for five hundred years has been transforming this land
into clay of fire, industrial collapse
the blood that gold washed in the mountains
floods the forest into soapstone
drowns me in mud, consumes my lungs
your work is bloodthirsty as always
privatization is an environmental crime
the dam that breaks, the land is scorched
the cough that kills, the fire does not stop
(and the centuries of the ember that became a nation)
the air is smoky, swallows the particulate
the signature of agriculture, consumes the burned
(converging in a cloud of toxic soot)
without agrarian reform there will be no Brazil
and there will be no Brazil without demarcation of indigenous lands
infinite growth inhibits life in land
the agribusiness is cancer!
the agribusiness is fire
and there will be no Brazil without agrarian reform
through these corridors of smoke
comes a hotter, drier and windier world
there are land grabbers' fires and deforestation
to control the harvest, agriculture is fire
and the end of the world is mining
now only a total effort will bring us a solution
a debate with the geological urgency of a great extinction
moving towards eco-socialism
for some possible future for life on earth
credits
from Terra do Fogo,
released January 27, 2025
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all rights reserved
tags
discography
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Feb 2025 -
Jan 2025 -
Mar 2024 -
Mar 2024
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